
O Hospital Santa Cruz de Canoinhas, em Santa Catarina, aplicou antídoto para veneno de cobra em recém-nascidos no lugar da vacina contra hepatite B. Os casos ocorreram entre 9 e 11 de julho.
Em nota nesta terça-feira (15), o hospital informou que os recém-nascidos não sofreram nenhuma reação adversa e não precisaram ser internados. Eles permanecem estáveis e sob acompanhamento médico.
A entidade de saúde explicou ainda que a dose administrada foi de 0,5ml, sem risco de reações graves ou moderadas. A dose é bem abaixo do recomendado caso os recém-nascidos tivessem sofrido uma picada de cobra, que é entre 30ml até 120ml de acordo com os sintomas.
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De acordo com a Secretaria de Saúde de Canoinhas, as famílias foram avisadas e os recém-nascidos serão acompanhados pela equipe da Vigilância Epidemiológica. O objetivo é garantir total segurança e oferecer suporte técnico às famílias envolvidas.
A prefeita Juliana Maciel (PL) determinou nesta terça-feira (15) a contratação de uma auditoria externa para apurar a conduta e os serviços prestados pelo hospital. A instituição de saúde é filantrópica, porém recebe recursos públicos.
A pasta ressaltou ainda que o erro foi cometido dentro da maternidade do hospital, que não pertence ao município.
Butantan se pronuncia após 11 bebês receberem soro contra veneno de cobra por engano em SC
Em nota, o Instituto Butantan afirmou que a armazenagem e administração dos produtos são de responsabilidade das unidades de saúde

O Instituto Butantan, fabricante do antídoto contra veneno de cobra, se manifestou após a aplicação equivocada do soro antiofídico em 11 recém-nascidos no Hospital Santa Cruz, em Canoinhas, no Planalto Norte catarinense.
Em nota, o Instituto afirmou que a armazenagem e administração dos produtos são de responsabilidade das unidades de saúde, e que a padronização dos rótulos e embalagens é definida pelo Ministério da Saúde, por meio do PNI (Programa Nacional de Imunizações), independentemente do fabricante.
O Butantan também informou que o soro antiofídico possui baixo índice de contraindicações, conforme descrito em sua bula.
“Ainda assim, por se tratar de um produto de uso específico, cabe à vigilância municipal garantir o acompanhamento médico adequado dos bebês”, destacou a nota.
O pronunciamento do Instituto aconteceu após a diretora do Hospital Santa Cruz, Karin Adur, ter dito que o erro em sua unidade de saúde poderia ter sido causado pela semelhança entre os frascos do soro de cobra e o da vacina contra hepatite B.


Erro na aplicação de soro antiofídico foi cometido por técnica de enfermagem
Sobre o afastamento da técnica de enfermagem responsável pela aplicação do antídoto, o Hospital Santa Cruz informou que aguarda o término da sindicância aberta para apurar o caso.
Segundo a gestão, a profissional atua há mais de 20 anos na instituição e não possui histórico de falhas relacionadas à medicação.
“Enquanto profissionais, é um pouco delicado, até mesmo porque o primeiro pensamento é ‘vamos desligar’, mas gostaríamos de ressaltar para que a população saiba que são profissionais antigos de casa, que têm um excelente histórico, que nunca cometeram nenhum erro”, afirmou a gestora Karin Adur.
Os 11 recém-nascidos seguem sendo acompanhados e, até o momento, não houve registro de efeitos adversos. O hospital mantém contato com os pais e disponibiliza atendimento médico para qualquer necessidade emergencial.
Dos 11 bebês envolvidos, nove são de Canoinhas, um de Papanduva e um de Bela Vista do Toldo.

Fonte: Robert Muracami, cnnbrasil.com.br, youtube.com/@CNNbrasil, https://ndmais.com.br

































































