Assim que a Rússia iniciou a operação de invasão da Ucrânia na madrugada desta quinta-feira (24/02), diferentes atores da comunidade internacional reagiram. Veja abaixo o que eles disseram:
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Joe Biden, presidente dos EUA
O presidente americano condenou, em comunicado oficial da Casa Branca, a decisão de Putin de invadir a Ucrânia. Biden afirmou que “Putin escolheu uma guerra que trará perdas de vidas e sofrimento. O presidente norte-americano disse também que EUA e seus aliados responderão de forma unida e decisiva. “O mundo responsabilizará a Rússia”, disse.
António Guterres, secretário-geral da ONU
“Por favor, senhor Putin, leve seus militares de volta. Não permita uma guerra na Europa. Esse conflito deve parar agora. Essa guerra não faz sentido e causará um nível extremo de sofrimento. Essas atitudes terão consequências”, afirmou o secretário-geral da ONU.
“Condenamos veementemente o ataque injustificado da Rússia à Ucrânia. Nestas horas sombrias, nossos pensamentos estão com a Ucrânia e as mulheres, homens e crianças inocentes enquanto enfrentam esse ataque não provocado e temem por suas vidas. Vamos responsabilizar o Kremlin”, escreveu em rede social.
Boris Johnson, premiê do Reino Unido
“Estou consternado com os terríveis acontecimentos na Ucrânia e falei com o Presidente Zelensky para discutir os próximos passos. O presidente Putin escolheu um caminho de derramamento de sangue e destruição ao lançar este ataque não provocado à Ucrânia. O Reino Unido e nossos aliados responderão de forma decisiva”, escreveu o líder britânico.
Olaf Scholz, chanceler da Alemanha
Scholz qualificou a operação militar russa de uma “violação flagrante” do direito internacional, que provocou um “dia sombrio” em toda a Europa.
“A Alemanha condena nos termos mais enérgicos possíveis este ato inescrupuloso do presidente (russo, Vladimir) Putin. Nossa solidariedade está com a Ucrânia e seu povo”, acrescentou Scholz em um comunicado.
França
O enviado francês à ONU condenou a Rússia por ter escolhido a guerra e disse que o país precisa ser responsabilizado no Conselho de Segurança.
China
O Ministério das Relações Exteriores da China disse que a Rússia é um país independente e pode tomar suas próprias decisões com base em seus próprios interesses.
O primeiro-ministro disse que o Japão condena fortemente as ações unilaterais da Rússia. Kishida disse que instruiu as suaautoridades relevantes a fazer todo o possível para garantir a segurança dos cidadãos japoneses na Ucrânia.
Rússia inicia ampla operação de invasão à Ucrânia; há explosões e movimentação militar em diferentes cidades
A Rússia, com autorização de seu presidente, Vladimir Putin, iniciou, na madrugada desta quinta-feira (24/02) uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia. Há imagens de explosões e movimentações de tanques em diferentes cidades ucranianas. Putin disse às forças ucranianas que deponham as armas e voltem para casa.
“Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, ameaçou.
Veja um resumo até o momento:
- a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia em diversos pontos do país
- há relatos de explosões e ataques com mísseis em Kiev e Kharkiv, entre outras cidades
- os militares ucranianos estariam tentando reagir
- o presidente Zelensky pediu calma e instaurou lei marcial
- unidades de guarda de fronteira e postos de controle estariam sob ataque nas regiões ucranianas de Luhansk, Sumy, Kharkiv, Chernihiv e Zhytomyr.
Já pela manhã, um assesor do Ministério do Interior da Ucrânia disse que um bombardeio deixou 1 morto e 1 ferido em Brovary, na região de Kiev.
Um conselheiro do ministro do Interior ucraniano, Anton Gerashchenko, disse que tropas russas desembarcaram na cidade de Odessa e cruzam a fronteira na cidade de Kharkiv.
Gerashchenko acrescentou que houve ataques com mísseis na base aérea de Vasilkovsky, perto de Kiev. Ele também disse que o prefeito de Dnipro relatou estar ouvindo explosões.
Putin afirmou que seu país não pode tolerar o que chama de “ameaças da Ucrânia” e alertou contra a interferência estrangeira. Afirmou ainda que toda a responsabilidade por qualquer derramamento de sangue em potencial estará na consciência do governo ucraniano e disse estar confiante de que os militares russos cumprirão seu dever.
Putin alertou os russos de que precisam se preparar para alterações na vida cotidiana no país, já prevendo sanções mais severas por parte dos Estados Unidos e aliados. “Será necessário se adaptar às mudanças que podem acontecer”, afirmou.
Fonte: g1.globo.com, sbt news, band news